Thursday, July 13, 2006

Incerto


Existem cores que eu ainda não conheço,
Existem canteiros onde ainda não pisei,
Posso não ser o que pareço,
Preciso saber o que eu não sei,
Por que idéias valem mais,
Quando se conhece o autor das mesmas,
Qual é a cor dos seus sonhos?
Por que nos proíbem de pisar na grama?
Enquanto o tempo corre,
Esvai-se por entre os dedos,
A segurança que eu já não tinha.
Qual é a cor dos meus medos?
A felicidade vai e vem,
Como um passaro amarelo solitário,
Lapidando as estrelas do céu.
Por que tememos tanto o desconhecido?
Por que tecem o tecido,
Sem se perguntarem por que estão tecendo?
Pessoas se levantam,
Pra outras se sentarem.
Por que o medo de ficar só me atormenta tanto?
Corra!
É o que todos gritam,
Mas não há ninguém correndo.
Deixe-me cair,
Caia junto comigo,
E todos continuam gritando.
Corra!
Mas não há sentido em correr,
Atrás do tempo perdido.
Tudo é cíclico e seqüencial,
Nada difere o bem do mal,
Na ilha onde me enterrei.
Só o que vejo é o amarelo incerto,
E o topo da colina onde todos tentam chegar,
Sem saber porque chegam...

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